PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS AGRESSÕES DAS VITIMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.7447/1678-0493.2022v2n1p246-255Abstract
Introdução: A violência transforma-se em problema de saúde quando passa a afetar a saúde individual e coletiva. O que necessita de um sincronismo entre as políticas públicas e os serviços da saúde. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico das vítimas de violência sexual registradas no SINAN no Brasil e comparar o perfil de no período de 2010 e 2018. Métodos: Estudo ecológico, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) referente à violência sexual no Brasil no período de 2010 a 2018. Resultados: As vitimas de violência sexual no Brasil são caracterizadas quanto à raça como parda com 24180, seguido pela raça branca com 20414. Quando relacionamos a faixa etária, cerca de 29.53% das vítimas possuem entre 10 e 14 anos, o que corresponde a 16211 indivíduos agredidos. Se tratando da escolaridade, cerca de 36.82% das vítimas apresentam escolaridade menor do que a 8 série do ensino médio. Quando comparamos o início dos registros no DATASUS no ano de 2010 com o último ano disponível para acesso 2018. Notamos que as proporções mudaram tanto a distribuição das raças e escolaridade. Conclusão: O presente avaliou o perfil epidemiológico da violência sexual no Brasil entre os anos de 2010 a 2018. O perfil sócio demográfico demonstrou que as vítimas possuem em sua maioria raça parda e preta, faixa etária menor de 19 anos, que não completaram o ensino fundamental. A maior parte das agressões ocorreu na residência, não tendo associação com o uso de álcool, com encaminhamento hospitalar. Além disso, constatamos uma mudança do perfil epidemiológico comparando o ano inicial de 2010 e o último ano em que tivemos acesso à base de dados 2018.
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