POTENCIAL DE BIOACUMULAÇÃO E TRANSLOCAÇÃO DA ESPÉCIE MONTRICHARDIA LINIFERA (ARRUDA) SCHOTT, (ARACEAE) EM ÁGUA CONTAMINADA POR CHUMBO
DOI:
https://doi.org/10.7447/1678-0493.2022v2n1p48-59Abstract
Nos últimos anos a poluição ambiental, especialmente causadas por metais pesados, como o chumbo (Pb), tem ocasionado grandes impactos aos ecossistemas aquáticos e terrestres. Mediante a essa situação várias plantas desenvolveram mecanismos de retenção desses metais em seus tecidos. O trabalho objetivou verificar o fator de bioacumulação e translocação de chumbo na macrófita aquática M. linifera, simulando dois ambientes contaminados com concentrações diferentes. A coleta da planta foi realizada em um ambiente de várzea em Belém, Pará, no mês de janeiro de 2020. Os exemplares coletados foram transferidos para a Universidade do Estado do Pará, onde foram inseridos em os recipientes com água contaminado por chumbo (experimento Exp1 e Exp2 com 1000 mg.L-1 e 100 mg.L-1 de Pb, respectivamente) e do grupo controle (experimento Exp3), por 21 dias. Após a análise dos resultados obtidos, foi constatado altas concentrações nas raízes de M. linifera dos experimentos 1 (62.724,51 mg.kg-1) e experimento 2 (219.705,60 mg.kg-1), além de baixas concentrações de Pb nas folhas da aninga (Exp1= 79,4 mg.kg-1; Exp2= 147,68 mg.kg-1). O fator de bioacumulação (FB) do experimento 1 e 2 foram de 325,19 e 2392,23 respectivamente, demonstrando que o Pb se concentrou mais no sistema radicular da planta, isso acarretou uma translocação baixa para suas partes aéreas, com o fator de translocação (FT) < 1 e fator de bioacumulação (FB) > 1. Dessa forma, M. linifera pode ser considera uma planta tolerante, hiperacumuladora, fitoestabilizadora e potencialmente fitorremediadora para o chumbo do ambiente, ajudando a recolher esse poluente dos ecossistemas.
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