BIOMARCADORES NA FIBROSE CÍSTICA E SUA RELAÇÃO COM EXACERBAÇÕES E MORTALIDADE UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Gileno José Trozzi Calheira Filho UNIFTC
  • Julia Ellen Rodrigues de Souza Almeida
  • João Victor de Souza Serafim
  • Milena Durães Santos
  • Isadora dos Santos Lima
  • Paulo Sérgio de Morais da Silveira Mattos

Palavras-chave:

Fibrose Cística;, Mortalidade;, Biomarcadores.

Resumo

Introdução: As complicações mais graves da Fibrose Cística (FC) incluem a doença pulmonar crônica, insuficiência pancreática, insuficiência respiratória e diabetes. Essas são as principais responsáveis pela taxa de mortalidade nesses pacientes. Dessa forma, é imprescindível a identificação precoce das complicações através da utilização de rastreio ou diagnóstico clínico-laboratorial. Objetivos: Identificar biomarcadores que predizem exacerbações em curso em pacientes com fibrose cística. Métodos: Os dados foram pesquisados no PubMed, Web of Science, LILACS e SciELO. Foram incluídos todos os estudos clínicos randomizados ou não, com texto completo disponível e realizados em seres humanos. Foram excluídos os artigos de revisão, estudos que tratavam de outras doenças primordialmente e que foram realizados em animais ou não publicados na íntegra, além de estudos com baixa qualidade metodológica. A qualidade dos estudos selecionados e o risco potencial de viés foram acessados com a escala de avaliação da qualidade de Newcastle-Ottawa e Loney 1998. Resultados: A presente revisão contou com 25 estudos e demonstrou que os principais desfechos observados estavam relacionados a identificação precoce de marcadores que predizem exacerbações e, através disso, reduzem a mortalidade de pacientes acometidos pela FC. Dentre os marcadores destacam-se: exames de imagem, índices antropométricos, estado nutricional, tolerância a glicose, genética, presença de agentes infecciosos, proteínas plasmáticas, cultura de secreções e marcadores inflamatórios. As principais exacerbações vistas foram pulmonares e hepáticas. Conclusão:  Devido ao aumento da expectativa de vida dos pacientes com FC associado ao advento de terapias inovadoras para a doença, comorbidades não respiratórias emergiram, como, por exemplo, a doença hepática da fibrose cística. Portanto, a análise de modalidades como exame físico, testes bioquímicos e de imagens são essenciais para auxiliar no manejo da FC. Em suma, o manejo desses biomarcadores poderá contribuir na avaliação médica e prognóstico da doença. 

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Publicado

2022-02-25