O IMPACTO DA IDADE NOS DESFECHOS PERINATAIS ENTRE GESTANTES ADOLESCENTES

Autores

  • Bruna Mendes UniFTC
  • Andressa Gabriela Chehade UNIFTC
  • Omar Darzé UNIFTC

Palavras-chave:

Gravidez na adolescência. Perinatal. Saúde materno-infantil. Saúde do adolescente. Contracepção.

Resumo

Introdução: Quando a gravidez ocorre na adolescência existe uma maior probabilidade de empobrecimento dos resultados perinatais, além de impacto negativo na vida da jovem. A literatura tem estabelecido uma relação inversa entre a idade da adolescente e os maus resultados obstétricos. Objetivo: observar os resultados perinatais, correlacioná-los com a idade das adolescentes e avaliar a taxa de fecundidade específica desse grupo populacional. Métodos: estudo transversal com dados obtidos do DATASUS sobre os partos de adolescentes ocorridos no período de janeiro de 2008 e janeiro de 2018 no estado da Bahia. As adolescentes foram divididas em precoces (10 aos 14 anos) e tardias (15 aos 19 anos). As variáveis dependentes foram o número de consultas de pré-natal, a idade gestacional no momento do parto, a via de parto, o peso do RN ao nascer e o Índice de Apgar. Os dados foram analisados pelo teste do χ2 e nível de significância de 5%. Resultados: no período se registrou 476.341 partos em adolescentes, sendo 26.330 em adolescentes precoces. A taxa de fecundidade sofreu uma queda de 21,3% entre as adolescentes tardias e de 13,6% nas mais jovens. Maiores taxas de parto cesáreo (p<0,001), de parto prematuro (p<0,001), de baixo peso ao nascer (p<0,001), e menores índices de Apgar no 5º minuto (p<0,001) foram observados no grupo de adolescentes mais jovens. Conclusão: a taxa de fecundidade entre as adolescentes precoces não se modificou nos últimos anos e se observou uma correlação entre a idade precoce das adolescentes e resultados perinatais menos favoráveis.

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Publicado

2022-02-25