DIABETES E COVID-19: CASOS, ÓBITOS E LETALIDADE APÓS 01 ANO DE PANDEMIA NA BAHIA
DOI:
https://doi.org/10.7447/1678-0493.2022v2n1p235-245Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, Infecções por Coronavirus, Letalidade, PandemiaResumo
A infecção por SARS-CoV-2 tem sido um grande desafio para a saúde pública mundial devido a sua alta mortalidade, principalmente em pacientes com comorbidades como diabetes. Considerando que a diabetes é uma doença de alta prevalência no Brasil, o presente estudo tem como objetivo avaliar o seu impacto na taxa de letalidade por COVID-19 na Bahia, analisando o perfil epidemiológico dos casos e óbitos. Trata-se de um estudo ecológico, realizado com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, através da fonte Transparência Bahia. Foram analisados casos e óbitos por COVID-19 em pacientes com e sem diabetes. Analisou-se idade, sexo, raça/cor e calculou-se a letalidade de março/2020 a março/2021. Foram registrados 12.868 e 657.193 casos de pacientes com e sem diabetes infectados pelo SARS-CoV-2, respectivamente. Analisando os casos, observou-se idades de 57,6±15,0 e 38,3±17,1 anos, predomínio em mulheres (56,2%; 54,9%), da raça parda (50,6%; 51,2%), tosse como sintoma mais prevalente (58,8%; 40,9%) e letalidade de 22% e 1,1%. Analisando os óbitos, observou-se idade de 69,1±17,2 e 67,9±17,7 anos e maior prevalência entre homens (51,9%; 57,3%). A taxa de letalidade em pacientes com diabetes infectados por SARS-CoV-2 mostrou-se expressivamente mais alta quando comparada a dos pacientes sem diabetes, sugerindo que a diabetes seja um fator de risco para severidade da Covid-19.
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