AVALIAÇÃO DA CARDIOTOXICIDADE ASSOCIADA AO USO DE TRASTUZUMABE EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA HER2+

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.7447/1678-0493.2023v3n1p98-106

Palabras clave:

Prognóstico, Tratamento, Trastuzumabe

Resumen

O trastuzumabe foi o primeiro anticorpo monoclonal humanizado a ser aprovado pela agência americana Food and Drug Administration (FDA), para tratamento de tumor sólido. O objetivo do presente estudo foi verificar a taxa de incidência da cardiotoxicidade associada ao uso de trastuzumabe, através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, correlacionando com potenciais fatores de risco, e uso prévio à antraciclinas. Trata-se de um estudo retrospectivo e documental, com abordagem quantitativa. A população de estudo avaliada foram mulheres, portadoras de câncer de mama que hiperexpressam o receptor HER2 e que estavam com a FEVE alterada durante o tratamento com trastuzumabe. Foram incluídas neste estudo um total de 45 pacientes. Observou-se que 80% das pacientes teve intensidade de expressão de 3+. A redução da FEVE foi observada em 11,1% das pacientes. Destas, 4,4% foram classificadas como insuficiência cardíaca e 20% tiveram o tratamento com trastuzumabe descontinuado por diversos motivos, dentre eles a diminuição da FEVE e o protocolo de quimioterapia adjuvante utilizado na maioria das pacientes foram 4 ciclos de doxorrubicina com ciclofosfamida, em doses de 30mg/m² e 300mg/m², respectivamente. A terapia alvo com trastuzumabe representa grande importância no prognóstico das mulheres portadoras de câncer de mama HER2-positivo, apesar da alta seletividade, a cardiotoxicidade é uma reação adversa preocupante que pode levar a interrupção do tratamento.

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Publicado

2023-10-24